Mundo do Aço

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Na semana passada, a XP Investimentos e a Gavekal Research realizaram uma teleconferência para analisar as perspectivas econômicas da China em 2024. De acordo com os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, as discussões revelaram um cenário macroeconômico caracterizado por um tom cauteloso.

No que diz respeito à demanda por aço, os analistas expressaram a expectativa de um aumento moderado, impulsionado principalmente por iniciativas governamentais no setor de construção. Entretanto, há preocupações em relação às entregas programadas, devido ao alto estoque de habitações pré-vendidas, estimado em cerca de 1,4 mil milhões de m² em 2023, além de 500 milhões de m² não vendidos ou incompletos.

Quanto ao crescimento econômico, as projeções apontam para uma perspectiva positiva em termos do PIB chinês, embora o crescimento nominal pareça estar contido devido às dificuldades enfrentadas no setor imobiliário.

Os analistas ressaltam que o dilema político persiste: resolver a questão imobiliária sem prejudicar a produção e o setor de infraestrutura é um desafio, levantando preocupações sobre excesso de capacidade, má alocação de capital e tensões globais.

Como forma de enfrentar esses desafios, espera-se que o governo chinês lidere os "três grandes projetos", que visam habitação acessível, renovação de aldeias urbanas e reconstrução de infraestruturas para áreas atingidas por catástrofes. No entanto, até o momento, o progresso nesses projetos tem sido inferior ao esperado.

Além disso, o governo está buscando estimular a construção através de políticas como a "lista branca", um programa que incentiva os bancos a fornecerem crédito para projetos imobiliários inacabados. Apesar disso, a flexibilização política mostrou resultados positivos para as vendas de habitação secundária.

Os analistas destacam que o aumento nessas vendas foi impulsionado pela queda de preços de cerca de 15-20% e pela desconfiança dos compradores em relação a novos projetos. No entanto, o crescimento observado em 2023 sugere uma possível estabilização para 2024, desde que a maioria das habitações pré-vendidas atrasadas seja entregue.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/03/2024

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