O Ibovespa encerrou em alta, enquanto o dólar manteve-se praticamente estável em relação ao real nesta quarta-feira (13), em uma sessão marcada por uma agenda esvaziada e a cautela dos investidores em relação à possível redução dos juros nos Estados Unidos a partir de junho, após a divulgação dos dados de inflação. O índice principal do mercado doméstico fechou o dia com um ganho de 0,26%, atingindo os 128.006,05 pontos, em um dia que também marcou o vencimento de opções. Este desempenho contrastou com o de Wall Street, que fechou sem uma direção clara um dia após o S&P 500 alcançar um novo recorde de alta.
O dólar fechou praticamente inalterado frente ao real, com uma variação negativa de apenas 0,01%, cotado a R$ 4,974 na venda. Os dados recentes de inflação nos EUA, que mostraram um aumento de 0,4% no índice de preços ao consumidor no mês passado, não alteraram as expectativas do mercado em relação à política monetária do Federal Reserve (Fed), que se espera que mantenha sua taxa básica de juros até um possível corte em junho.
No Brasil, o IPCA registrou uma alta de 0,83%, acelerando em relação aos 0,42% de janeiro, superando as expectativas de avanço de 0,78% conforme uma pesquisa da Reuters. No entanto, isso não alterou as expectativas de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana, para 10,75%.
A alta do mercado foi impulsionada pela Vale (VALE3), que registrou um ganho de 0,64%, mesmo com a queda nos preços futuros do minério de ferro na China. Por outro lado, Petrobras viu suas ações preferenciais (PETR4) recuarem 1,20%, e as ordinárias (PETR3) caírem 0,99%, em um dia de alta dos preços do petróleo no exterior. Investidores continuam atentos às notícias sobre a decisão da empresa de não distribuir dividendos extraordinários e de colocar os recursos em uma reserva estatutária. Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, destaca que "Petrobras está sob escrutínio devido à questão dos dividendos extraordinários e à crise envolvendo Jean Paul Prates. E Vale está sob destaque devido também à questão da ingerência política, com o conselheiro de administração da Vale renunciando na última segunda-feira por discordar do processo de sucessão do atual presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo."
