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Um time multidisciplinar de engenheiros da Belgo Arames, produtora brasileira de arames de aço, e do Instituto Senai de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais criou um equipamento híbrido para avaliar a capacidade de proteção das telas geotécnicas, amplamente utilizadas para a estabilização de taludes e túneis da mineração subterrânea.

Com tecnologia pioneira no mundo, o equipamento pode certificar a segurança desses materiais em território nacional.

O desenvolvimento do projeto, que durou três anos, contou com parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e foi totalmente realizado no Centro de Inovação e Tecnologia CIT Senai, em Belo Horizonte.

A tecnologia híbrida avalia resistência à tração e ao puncionamento das telas num mesmo equipamento.

“Uma equipe composta por 13 profissionais esteve diretamente envolvida, somando conhecimentos em engenharia de materiais, de minas, mecânica de manufatura avançada, elétrica, automação de processos de mineração, eletrônica e eletrotécnica, além de gerenciamento de projetos, para viabilizar um equipamento com estruturas modulares, capaz de ser adaptado às necessidades técnicas e demandando menos espaço para a realização dos ensaios”, conta o diretor de Comercial de Segmentos Especiais da Belgo Arames, Edson Takagi.

“As parcerias estabelecidas com o Senai e a EMBRAPII também foram fundamentais para contarmos com a colaboração de outros pesquisadores e com a infraestrutura de um centro tecnológico robusto e preparado para dar suporte a esse desenvolvimento”, completa o gerente da linha Belgo Soluções Geotech, Emerson Ananias.

As telas geotécnicas, amplamente utilizadas para a contenção e segurança de estruturas da mineração subterrânea, são regidas por diversas normas técnicas internacionais.

Atualmente, amostras dos produtos fabricados no Brasil precisam passar por testes de qualidade no exterior e, dependendo das especificações dos ensaios normatizados, há a necessidade da realização de testes em diferentes locais, o que demanda mais tempo e recursos para um produto certificado chegar ao mercado nacional.

A solução fomentada pela Belgo pretende facilitar a logística, diminuir os custos e os insumos de produção.

Através do CIT Senai, qualquer empresa interessada poderá realizar os ensaios técnicos, a partir de julho de 2024.

“A Belgo entendeu as dores e demandas do mercado nacional de geotecnia e, com o equipamento híbrido, será possível realizar ensaios que atendem a normas como ASTM A975 e EAD 230025-00-0106. A garantia de testar a segurança de produtos nacionais no próprio território sem dúvida é um fomentador para o desenvolvimento de novas tecnologias ou para a validação de tecnologias importadas. O mercado geotécnico só tende a ganhar com a solução”, reforça Ananias.

De acordo com José Luciano de Assis Pereira, gerente de Tecnologia e Inovação do CIT Senai, o Centro de Inovação e Tecnologia foi criado para atender às demandas tecnológicas da indústria nacional.

“No caso em questão, mediante sua unidade EMBRAPII, especificamente do Instituto SENAI de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais, esperamos contribuir para maior eficiência e menores custos nos processos de certificação dos materiais e atendimento às normas internacionais e aos mais rígidos controles de qualidade dos produtos Belgo Arames”, afirma.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/08/2024

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