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Na última semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote de aumento de tarifas sobre importações chinesas, incluindo veículos elétricos, chips de computador e produtos médicos. As medidas podem levar a uma guerra comercial entre EUA e China e, como reflexo, representar uma oportunidade para o Brasil ampliar sua pauta de exportações e receber investimentos. Essa é a opinião de Scott Jennings, estrategista do Partido Republicano, que ao lado de Simon Rosenberg, estrategista do Partido Democrata, participou do Summit Valor Econômico Brazil-USA.

Segundo Jennings, o sentimento anti-China devido à sua atuação agressiva no comércio internacional é algo que une democratas e republicanos. Biden manterá as tarifas impostas por seu antecessor, Donald Trump, e ainda aumentará outras, de acordo com a Casa Branca. O governo citou “riscos inaceitáveis” para a “segurança econômica” dos EUA, devido às práticas chinesas consideradas injustas, que inundam os mercados globais com mercadorias baratas.

As novas medidas terão impacto de US$ 18 bilhões em bens importados da China, incluindo aço e alumínio, semicondutores, baterias, minerais, células solares e guindastes, segundo a Casa Branca. “Para nossos aliados no Ocidente, há muitas oportunidades e vocês vão encontrar pessoas que concordam em ambos os partidos. Há um desejo de lutar contra a China e encontrar outros países como o Brasil para estar do lado dos EUA. A aliança contra a China para todos vocês traz enormes oportunidades de ser parte de algo grande”, disse Jennings.

De acordo com Rosenberg, a reação de Biden representou um movimento mais agudo do que o país está acostumado a fazer em questões de comércio externo, o que pode refletir o redesenho em marcha de uma nova era econômica. “Estive envolvido em todos os contratos de comércio livre que temos hoje e o governo de Biden está indo atrás de uma estratégia diferente. Isso representa uma oportunidade para o Brasil porque estamos indo de uma era econômica para outra”, afirmou.

Ao menos desde os debates para a criação da Área de Livre Comércio das Américas, em 1994, a América Latina não entra no radar dos EUA com maior relevância. As discussões sobre o bloco econômico foram encerradas em 2005. “Estamos em um período de transição nos EUA, o que aconteceu nesta semana foi um afastamento dramático das abordagens de praxe”, afirmou Rosenberg

O pacote da Casa Branca foi visto como resposta de Biden ao eleitorado que sente o avanço chinês e reclama dos efeitos sobre a geração de empregos e o comércio do país. As eleições devem ser acirradas, com o sentimento de revanche dos eleitores de Trump, e questões como o aborto e a queda da aprovação de Biden na esteira da pressão inflacionária.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 22/05/2024

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